29 de dezembro de 2010

Inominável…

0 comentários

… Isso é o que resume o que sinto. É tanto e tão forte que, só pra variar, me botou doente. Ferida, cansada, fugitiva em mim, cativa do que é meu. Meu defeito, minha identidade.

Reparei hoje que tem 11 dias que eu não escuto música, hoje compensei um tanto escutando umas coisas “novas” do Belchior.. bem, são novas pra mim!

Esse tempo todo no hospital entre idas e vindas pra não enlouquecer, me está sendo útil pra reflexão. Sofri muito. De abandono, de solidão, de medo, de paranóias, mas também descobri mãos estendidas, vozes que de longe, no aparelho telemóvel me fizeram sentir melhor sob muitos aspectos.

Descobri que minha fortaleza é covarde. Que me escondo quando penso lutar, que enfrento algumas dificuldades meio que à revelia. Mas estou crescendo. Se realmente vou colocar as tempestades pra fora quando tudo isso acabar, ainda não sei de fato. Mas as vontades ainda permanecem. EU QUERO!

Em onze dias de hospital li 3 livros, abortei um, terminei uma revista de criptodruzadas, uma de palavras cruzadas e estou na metade de uma só de sudoku. E sudoku é algo que realmente me ajuda por manter o pensamento ocupado na resolução dos enigmas, minha cabeça solta tem sido minha pior inimiga.

Prioridade é a volta pra terapia seja lá do jeito que for, eu tenho de voltar. É a baliza que me falta. O ano que vem, que chega em dois dias, me parece ainda muito “que vem”. Estou temerosa de botar asas de fora e ter de recuar, o recuo é sempre mais difícil que os primeiros passos.

Em outros tempos talvez eu fizesse aqui uma sinopse do que li, mas não o farei. Somos todos grandinhos, vejam lá o que sentem pela capa e leiam os livros. Todos estão valendo capa gota de tinta que foi usada nas impressões.

Mas olha, eu nem cheguei a falar de fato o motivo de estar há tanto no hospital, não falei do estado geral da vó. Ela tá bem, foi internada pra fazer exames. Só por isso não se justificaria tanto desgaste e sofrimento, mas todos os exames podem resultar em um novo cancer, em mais problemas pra quem já bateu de frente com tantos.. eu me preocupo.

Os vizinhos de leitos, os vizinhos de andar, os sofrimentos dos que enterram entes queridos, o cheiro do hospital, a sombra da morte é sempre mais presente que os esforços pela vida, pelo menos num hospital em que se trata essa doença tão cruel… ainda mais sendo a ala da terceira idade, a resistência muitas vezes é bem menor e, mais frequente do que imaginamos, insuficiente pra vitória. É opressor.

Tudo isso se torna maior, mais forte e mais sombrio quando anoitece, eu passo as noites quase em claro. Tenho dificuldades pra dormir, o sono é leve, os gritos, os lamentos, as campainhas de emergência dos quartos falam alto. Eu estou alerta pra caso minha avó ou a vizinha de leito precisem de mim. Sempre acho que cada tossinha é um pedido de ajuda. Cochilo durante o dia, no cantinho… elas também.

Estamos todos cansados, a vó tem desfiado o rosário de reclamações que as vezes é maior que minha paciência, fico triste com ela, por ela também. Sei que é difícil, mas poxa… vamos fazer uma forcinha pra não ficar pior… por misericórdia de nossos nervos também, né….

Fernando tem sido meu melhor companheiro como em todo o sempre. Telefonemas, conversas, alertas, companheirismos… é a pessoa mais especial na minha vida. Exigi um tanto dos amigos eu acho… quando não se conta com um, clama-se ao outro. Tenham paciência amigos, tudo isso há de passar.

Muitas coisas estão acontecendo e eu nem vi. O natal foi um exemplo, dormimos as dez da noite como sempre, comida de hospital, as duas amargas por estarmos longe dos que amamos. Acordei algumas vezes antes da meia noite, mandei alguns SMSs, mas não posso dizer que foi “Um Natal”. O primeiro dentinho da Aninha caiu, não estava junto, mas outros vão cair e eu que vou segurar! A casa nova está sendo preparada e eu não estou fazendo parte. Mas tudo isso vai ser diferente… eu tenho mais que certeza.

E hoje, quarta-feira, 29 de dezembro, existe um vislumbre de alta pra manhã do dia 31… quase choro de imaginar. Mas vamos viver o hoje. E por falar em hoje, vou dormir por uma hora na minha cama aqui do lado, porque logo vou ao hospital novamente… e mais uma vez, desencontrei da pequena. Está na outra casa, aqui está vazio. Mas meu coração é cheio do amor dela, do riso dela, daquele cheiro e de saudade também… por que não dizer?!…

 

vale

20 de dezembro de 2010

Tudo o que eu queria….

0 comentários

… era conseguir dar vazão ao que me vai no peito por esses dias. Queria sentar aqui e escrever que estou completamente apaixonada por um passarinho de setenta e três anos e trinta e quatro quilos. O nome desse passarinho é Dona Maria. Vizinha de leito no quarto que a minha vozinha está internada. Quase não se escuta a voz dela, mas quando ela consegue respirar ((até isso anda meio difícil pra ela…)), conta histórias do seu tempo de mais moça, quando a vida era pura felicidade e trabalho.

 

A gente virou tudo parente naquele quarto cheio de dor, medo e apreensão quando os médicos nos visitam. Revezamos a vigília durante a noite abanando e tentando deixar mais confortável a estadia neste hospital das nossas amadas velhinhas, que se sufocam na ausência de vento no quarto meio fechado.

 

As incertezas são muitas, a certeza é uma só: Que amamos aquelas doces senhoras mais que tudo. E assim a vida caminha.

 

Eu teria infinitas coisas ainda a dizer. Mas não dá. O cansaço e o medo me impedem, queria poder descansar agora um pouco aqui na minha caminha confortável mas nesta hora o dever de mãe me chama mais alto. Então vou cuidar de minhas pequenas, que logo eu devo voltar ao hospital.

 

Que a vida de todos nós seja sempre leve.

 

velhinhos

18 de dezembro de 2010

Eu sou tudo…

0 comentários
o convite está feito….

 

 

Porque é isso. E não tem nada mais que eu queira dizer. Pra ninguém.

Um post, um desabafo e uma homenagem….

0 comentários

Hoje eu vim aqui escrever porque tenho um coração pesado, num corpo que já não o comporta. tenho um coração que é rejeitado a todo instante por mim mesma. Eu tenho medo da dor. Eu me impaciento com a demora das curas internas, passo por cima de tudo e sofro intensamente mas sempre pela metade porque minha ânsia em viver e ser feliz sempre é maior que todo o resto.

 

Hoje, desde há muito tempo - pelo que me vale a memória, desde nunca – eu venho aqui falar de amor. Mas não do amor de novela, daquele comercial de margarina com as pessoas de dentes branquinhos e corpos rescendindo ao banho ainda. Eu venho falar do amor bandido. Daquele que vc fica encafifado tentando entender se ele faz mais mal do que bem. Penso mesmo que deveria ser comercializado com retenção da receita médica tal o nível de potencialidade maligna. Um amor tarja preta.

 

Ele é unilateral e, geralmente involuntário, pois que poucas devem ser as pessoas que escolhem mesmo ter um amor não correspondido por vontade própria. Ele maltrata o coração de quem o abriga com tanta violência que chega a ser indecente. Mas igualmente forte e imoral é a felicidade que se apossa do ser “amante” quando seu amado lhe dirige quiçá apenas um oi.

 

Ao ser relegado ao esquecimento de praxe, o amante experimenta a dor em vários níveis, com texturas, sabores e cores diferentes… ele beira a loucura, ele sangra. Tem em si a marca da angústia, um ralo interno, um vácuo… algo que suga as cores e os sons do mundo externo e no lugar disso tudo fica o que é estéril. Ficam todas as lembranças dos momentos de rejeição proporcionados ad eternum pelo ser amado.

 

Mas nem por isso o amante desiste. Apesar de tudo e, sobretudo, este tipo de amante é o cara da coragem. É aquele que fica quando todo mundo vai embora. Ele sempre vai estar lá. Disposto, disponível. Esperando, olhando a vida de seu amado do lado de fora, sem quase nenhuma participação. E assim também vai a sua vida. À deriva. Largada como algo sem importância, sem sentido, uma vez que seu amado nela não está.

 

É falta de autoestima dirão uns… É burrice dirão outros… Pura inocência e romantismo deslocado – porque sim, me parece que o conceito de romantismo está sendo banido do mundo digitalizado, rápido e descartável dos dias de hoje – dirão muitos outros ainda. Eu, de verdade, não sei não o que é que dá nessas pessoas. Sei apenas que me solidarizo com suas dores, entendo cada sangramento nesses corações dilacerados, posto que rasguei o meu tantas vezes em nome da tentativa de ser feliz ao lado de alguém.

 

Queria poder fazer sarar, encontrar o bendito botão de uma conversa na noite passada, queria saber resolver o problema ou minorizar os sofrimentos… mas sei também que não dá. Sei bem da ferocidade dessa dor que a tudo devora e de tudo tira o sentido. E tudo o que eu posso desejar, já que não posso implantar isso, é força! Força, determinação e coragem para seguir em frente. Para que os amantes já desenganados possam matar aquele que já é morto… desligar os aparelhos do amor com morte cerebral. É duro.

 

Imagino que matar um sonho seja muito mais difícil que matar uma pessoa, que deliberadamente matar uma planta, um animal, um outro ser vivo qualquer de maneira fria, cética, cruel… É muito dolorido. Escolher de próprio punho apagar aquele tão pouco que faz absolutamente tudo mais bonito e mais feliz. E mais triste e dolorido e solitário também. Poxa vida, aqui só cabe um suspiro Charliebrowniano de <<Ó vida!!>>

 

Mas eu sei também que há vida, e muita vida depois disso… que depois de chafurdarmos nos lodaçais da autopiedade, autocomiseração e imolação, é possível levantar, comprar uma dignidade nova e seguir em frente com mais uma cicatriz de batalha. Há que se ter orgulho de cada queda por ter sido capaz de se levantar uma outra vez. E pra isso é preciso ter fibra, ser cabra hómi. E sempre vai valer a pena continuar, porque sejá lá como for, viver e estar vivo neste mundo lindo de meu Deus ainda é a coisa mais deliciosa do universo.

 

E aos seres amados, quando se aperceberem alvo de um amor desse tipo, por favor, usem da sinceridade. Ponham sua covardia de lado ao menos uma vez e sejam logo honestos com os seres que tanto vos amam! Respeitem a dor, o sentimento e a sanidade alheia. Que não é justo que alguém sofra desse tanto só por serem vocês tão covardemente vis! Não pode estar certo, não pode estar justo ser assim. Não deem migalhas aos apaixonados, não alimentem os bichos do zoológico e se perguntem sempre “o que será dele no dia que eu não vier mais?

 

E acho que já falei demais. Mas acho que faltou dizer que ontem, na solidão da minha casa, tive uma das melhores noites em companhia de amigos via pc… é bom sentir esse consolo, sentir o apoio incondicional de um verdadeiro amigo. A honestidade em forma de guri. hahaha. Quem tem um amigo, nunca está sozinho.

 

 

 

Essa é perfeita pra conversa de ontem! =D Escuta xuxu!!

 

 

EDIT::: Não estou sofrendo de amor, meus amados. Não se preocupem. Eu sempre vou estar bem. Os gatos sempre caem de pé. =P

16 de dezembro de 2010

X-Tudo, tudo, tudo, tudo, tudo…

0 comentários

xtudo

 

Lembram dele?!… bem, não importa, é só pra dizer que esse post é pra falar de tudo um cadinho. A começar com a escolinha, agora estou oficialmente de férias e o layout do projeto final está 90% definido. Ainda falta a varanda. Depois disso tem cotação, elaboração do memorial descritivo, 4 cortes, 1 perspectiva com 1 ponto de fuga, planta de gesso e iluminação, arte final em tudo e bora que a hora é agora… notou que férias é só o período que vc não está efetivamente na escola né, porque parar de trabalhar nisso vai ser impossível. Tenho 5 pesquisas teóricas pra terminar, que junto com o projeto completam as exigências do primeiro módulo do curso. A brincadeira está só começando.

 

embarque

 

Hoje também aproveitei pra fazer a minha carteirinha na biblioteca da Estação da Luz. Para quem estiver interessado no serviço, só clicar AQUI pra saber como que funciona. Vale lembrar que a carteirinha só vale pra unidade em que você fez a inscrição, no meu caso, só posso pegar livros na biblioteca da Luz, se quiser usar a do Paraíso, por exemplo, tenho de fazer inscrição lá também. O que não é tão ruim, se você considerar que é de graça, mas tem de ter muitas fotos 3x4 pra fazer em todas. Importante também é não misturar os livros. Tem inscrição em todas, mas se pegou na Luz, devolve lá também. Legal que embora tenha um horário fixo ((11h-20h)), tem uma aberturinha lateral pra devoluções fora do horário, no maior estilo BlockBuster. Se tiver com livros emprestados de todas, vale ficar atento aos prazos de devolução pra não pagar multa e pegar suspensão… a primeira é 5 dias e a segunda, 1 mês… nem perguntei se tinha uma terceira pra não dar margem à desconfianças… hahaha

 

Hoje ainda eu devo dar mais um pulinho na lista de 101 coisas pra ajeitar mais um pouquinho os detalhes. Ah! Pra o final do ano agora, tem muita coisa bacana pra contar, mas não vou começar agora porque tem uns detalhes pra formalizar, formalizando eu venho dividir!!

 

Ai, eu queria contar também que eu estou muito feliz com o blog. Tem sido um verdadeiro “Good Fellow” pra mim. E serve pra eu ver depois o que eu pensava antes ((boa essa)), pra atualizar os amiguinhos das coisas de mim, porque a correria anda brava e quando a gente se perde tudo um do outro, procurar por aqui é um bom começo.

 

E por último, eu só queria deixar aqui resgistrada a minha decepção… sabe quando vc se decepciona de um tanto que as palavras fogem? pois é… não tem muito o que falar. Só que eu não esperava que fosse assim. Eu acreditava que amigo era amigo mesmo. Só que não é. Continuo tendo que escolher melhor as pessoas a quem dou esse significado. My fault.

nunca mais

Resumindo a situação, porque dela mesmo não sinto vontade de falar, me senti sendo jogada no lixo. Mas não tem problema, dessa lata aí eu vou sair sozinha. E vamos seguindo o jogo porque, como diz o Raul, “Eu tenho grandes coisas pra conquistar e eu não posso ficar aqui parado”.

Bêjo da Mee

15 de dezembro de 2010

Me deu vontade de falar de mim…

0 comentários

A mente voa longe ((longe demais até)), abandona o corpo, eu vejo pessoas que não existem, tenho lembranças nítidas demais de situações que nunca aconteceram.

 

Uma pessoa um dia se encantou com essas “capacidades”, mas fugiu de mim pra sempre… eu sinto tudo intensamente. Eu rodo a mil por hora, estouro o carro no muro e morro. Sempre que posso. Eu tenho uma cabeça avoada. Amo ler, mas frequentemente leio “pãnanã, pãnanã” porque me acaba a paciência, daí me sinto culpada e leio tudo outra vez.

 

Eu já queimei um ovo cozido porque estava conversando no skype com uma amiga às duas da manhã e despertei o ódio da família quando a panela explodiu. Eu levo na bolsa o carregador e o fone de ouvido e esqueço o celular no sofá. Eu olho mil vezes uma coisa e esqueço dela no segundo seguinte.

 

Sou um amontoado de pensamentos em constante colisão. E não me sinto amada por ninguém. Nem pai, nem mãe, nem amigos, muito menos namorados. Eu tenho medo de ser vulnerável e luto o tempo todo, mas durmo agarrada num sapo gigante de pelúcia e as vezes eu choro de medo do futuro e de não conseguir satisfazer as minhas vontades.

 

Eu jogo tudo fora, rasgo, pico mesmo… não guardo nada pra depois. Queria poder jogar coisas pela janela e meu maior sonho é quebrar um copo de propósito, pra extravasar a minha ansiedade. Eu sou ansiosa demais. E se não me respondem quando eu chamo, já é logo porque me odeiam.

 

Eu não sou de roer unhas, porque tenho nojo. Tenho nojo de comida de rua… cachorro quente, barraca de espetinho, pastel de feira. Faz muito tempo que não como pastel, a última foi na casa da minha irmã e tive nojo mas aguentei firme. Eu não suporto cheiros fortes. E bebo cerveja meio sem gostar. Gosto e não gosto de muita coisa ao mesmo tempo.

 

Eu tenho saudade de gente com quem briguei irremediavelmente, mas também não faço nada pra resolver. Eu evito situações de conflito porque não acredito que as pessoas possam mudar. Eu não tento mudar ninguém, só a minha filha. E a mim mesma.

 

Acredito que nasci na época errada, olho pras coisas como se tivesse cinquenta anos. Eu morro de saudade do trema. Eu rio o tempo todo de coisas que se passam dentro da minha cabeça. E frequentemente falo sozinha. E isso já me causou constrangimentos. Eu canto alto e gesticulo nas músicas que escuto no celular, andando na rua.

 

Eu já chorei vendo um por do sol bonito. E vi um tucano voando no meu quintal. Já decorei o lugar onde sempre que chove fraco no fim da tarde, nasce um arco-iris. Eu adoro cores e sons. Eu sou apaixonada por música.

 

Embora eu goste mesmo de verdade só da música clássica, eu não entendo nada de teoria musical. E escuto tudo que existe… até Wando e pancadão do funk. Quando eu tiver um carro, vou escutar Vivaldi e Tchaikovsky no mesmo volume que o povo por aí escuta pagode. Só pra contrariar.

 

Eu não sei me controlar pra muita coisa, e mesmo assim, quem olha de fora acha que eu sou travada demais. Eu deixei de fazer loucuras depois que virei mãe. Mas sinto enorme falta disso. Eu tenho um mundo inteiro meu, dentro de mim. E quase nunca saio dele. Quando saio, me sinto deslocada na vida real.

 

Eu sou uma versão unlimited version do bicho-homem que Deus criou. E frequentemente penso que talvez seria melhor não ter nascido. Até hoje, em quase 30 anos de existência eu só quis morrer de verdade uma única vez. E foi por causa de homem sim. Aliás, eu fiquei doente de amor uma vez. Mas acho mesmo que quase morri foi de abandono. E não, eu não sei lidar com frustrações.

 

Sou incapaz de negar ajuda a quem quer que seja, algumas pessoas sabem disso, abusam de mim e mesmo eu tendo consciência disso tudo, continuo ajudando. Eu sinto em mim uma grande inteligência e um infinto mundo de possibilidades, mas tenho vergonha de demonstrar isso.

 

Eu me considero uma pessoa muito sozinha. Tenho uma natureza solitária, mas concordo com o Milton Nascimento quando ele diz que “o solitário não quer solidão”. Eu sei de tudo o que posso fazer e de minhas qualidades e defeitos, mas mesmo assim é a visão que o outro tem sobre mim que determina meu grau de felicidade nos momentos da vida.

 

Eu não acredito muito nas pessoas, mas vou com elas mesmo assim. Eu tenho uma tendência à doação exagerada quando gosto de alguém e foi por isso que eu prometi que nunca mais ia amar alguém. E desde então eu afasto de mim toda e qualquer possibilidade de relacionamento. As vezes eu acho que as pessoas tem medo de mim. Sei lá porquê, “no fundo, no fundo” eu sou uma pessoa doce que só quer ser amada e se sentir benquista.

 

E, agora que vocês sabem de tudo isso, por favor, gostem de mim…rs

13 de dezembro de 2010

Sobre todas as coisas…

0 comentários

… A impressão que eu tenho hoje, segunda-feira, às 07h36m da matina é de que isso não foi um final de semana, foi um mês inteiro…

 

Em tempo, tirei 9,5 na prova do curso de gestão. #Fuck Yeah.

No mais, nem toquei no trabalho final. Corri com a pequena esse final de semana, não andou bem fomos ao doutor, as coisas precisam mudar drasticamente pro ano que vem. Vou contar um segredinho, eu “quase” estou acreditando que vai ser um ano feliz. Acredito nas lutas e nos desafios vindouros, mas estava completamente descrente da felicidade… mas não adianta, ela vem passear por aqui, desfila pra mim, pisca os olhos… jogo de sedução total. Eu caio feito um patinho. Eu quero a felicidade aqui. Será que tem?

 

Um sábado digno de registro. Sempre ao lado do Fernando! Fomos conhecer o parque/praça/museu do Ipi-Ipi-Ranga! Mas não vai contar lá pra lista porque a gente bateu na trave…rs

 

Nos encontramos tarde, demoramos um tantinho pra chegar e por isso já não compensava mais entrar pra visitar o museu de fato. Demos uma voltinha na praça da independência, ia ter show lá do Jota Quest “por um trânsito mais gentil” no domingo, então a gente acompanhou um tanto a montagem do palco e a passagem de som. Maioria deve achar isso chatíssimo ou tietagem… sei lá… eu nem de Jota Quest gosto, mas adoro ver o trabalho do palco e a passagem do som. Eu adoro som, já falei isso?!

 

Domingo a Ana acordou passando mal as 6h da manhã e eu corri pro hospital, de lá, saímos direto pra cabeleireira e cortei o cabelo dela beeeem curtinho. Ela adorou. Eu tb. E vai ajudar a sarar as feridas. Ela não estava com catapora não, foi uma bactéria do mal que caiu na corrente sanguínea dela e fez um estrago danado. Mas estamos apostando na recuperação rápida. Depois fui visitar meu próximo bairro… na verdade é outra cidade, uiuiui… Finalmente vou poder montar um atelier pra mim! E depois almoço de família aqui em casa. Pré comemoração do aniversário do meu irmão, que vai estar em Fortaleza quando for a data certa, daí adiantamos.

 

E justo porque meu irmão e minha cunhada vão estar viajando no final do ano, eu virei babá de peixe. Um Beta. Seu nome é Caetano. Parecido até com o Veloso… hahaha… A Yummi, gata preguiçosa, nem tomou conhecimento dele. O maior medo da minha cunhada é a gata comer o peixinho… meu maior medo é matar o peixinho dela. Eu não sei como que se cuida de peixe… #medo.

 

Agora que não estou mais na equipe do ikariam, o jogo mesmo tá desanimando… acho que não quero mais jogar… acho que não quero mais nada. Mas ainda vou esperar 2011 pra tomar essas decisões. Hoje em dia jogo City Ville do Facebook. Que joguinho divertido! Preciso de amigos, quem for do esquema, me add lá.

 

E por último, mas não por isso menos importante, minha lista pro Desafio Literário já ficou pronta, mandei a inscrição hoje cedo e espero a resposta pra dar a coisa como combinada. Pra quem quiser saber do que eu estou falando, clica no selo amarelo ali do lado que vai aparecer tudinho. E pra quem quiser ver a minha lista, clique AQUI.

 

Estou em fase final do presente do meu amigo querido. Quero tentar terminar logo, mas essa parte demanda muito esforço, não sei como vai ser. No mais, ando um tanto chateada também, não sei mais se somos amigos mesmo, essa relação hoje é só uma grande confusão na minha cabeça. Mas não quero falar disso. Só que já tá quase no fim e que depois disso, vou ficar longe dele. Quer dizer, longe eu já tou né…rs – Mas vou “deixá-lo em paz”. Quem sabe assim, a paz chega aqui em casa também… foco naquilo que vai me trazer resultado.

 

Pra semana que vem muita coisa vai rolar de importate. Preciso fazer um lance bacana aqui… estou procurando a vibe. Projetinhos, projetinhos…. #amo!

 

E agora vou ali, cuidar da vida, aproveitar que ainda é cedo… okay, acordei com as galinhas às 5h da manhã…rs

 

Espero que todos estejam ((se não estiverem, fiquem)) felizes! Vamos confiar que a vida trabalha sempre pelo melhor. E foco no resultado! FOCO!

 

**Ocus Poccus**

 

DSC02598

                      Aqui, o museu de frente com Gabi. ((virou meu desktop essa fota)).

10 de dezembro de 2010

Plágio total, mas o motivo é justo!…

0 comentários

Plagiando totalmente as meninas do Calcinhas eis que o único recado para hoje é:::

 

furia

 

Porque os Heartless talvez não amem, mas desejam um bocado. #Ficaadica

((ui, plagiando até a tag, Mee, porra!!))

>> Sobre o Calcinhas: Descobri as meninas por acaso neste clica-clica da blogroll alheia. Apaixonei-me pela maneira e pelos assuntos que escrevem. Super vale uma visita, uma seguida e comentários. Dica do dia:: Muitas vezes são os comentários dos posts que fazem a vida valer a pena. Passa lá!

7 de dezembro de 2010

Mundo mundo vasto mundo…

0 comentários

… Se eu me chamasse Raimundo, seria uma rima, não seria uma solução… mundo mundo vasto mundo, mais vasto é o meu coração…

 

apois! então é isso, enfiei a minha viola no saco e saí da team… talvez eu seja bipolar, afinal tem uns míseros dias que eu havia dito que eu ia ficar até ter que sair por imposição da vida. Na verdade a vida tem gritado por mim, eu que tenho feito ouvidos moucos. Mas sabe aquela vozinha… aquela infeliz da qual vc não foge… aquela que vc ignora e mesmo assim a bicha não desiste. Tem tempos que ela está aqui apertando meu coração… vai garota, reage… corre pra vida, acredita e vai!!

 

Estou tentando. Juro que estou tentando fazer o melhor de mim, a tensão é grande e se num dia as coisas vão excepcionalmente bem, no outro, estou na lama. E preciso pelo menos me sentir segura de novo. Trabalhar, entregar meu melhor projeto na escolinha, as pesquisas de campo que estão paradas. Muitas coisas pra janeiro, será um mês longo ((espero que sim, ou não vou entregar as coisas na data…rs)).

 

Meu amor pela team continua aqui intacto. Talvez até mais forte. E é coisa sobre a qual eu não quero falar, vcs sabem, eu não falo de amor.. E de repente é quebra de DPA.. hahaha

Espero um dia encontrar aquelas portas abertas novamente, quando minhas pernas voltarem a me obedecer, quando meu coração estiver leve outra vez.

E pra ser sincera completamente, existiu um outro fator além dos berros da minha vida, além da minha pilha com o começo do ano que chega… mas disso, eu não posso falar porque…porque…porque… bem, porque não vem ao caso, não tem razão pra escrever sobre as minhas secretitudes aqui. A proposta não é essa!

 

Sabe que um dia eu vou voltar aqui, reler essas bobagens todas que escrevo, quando eu já tiver caminhado mais caminhos do que sonho, eu vou ler tudo isso e dizer se eu tinha razão ou direito a algo. Mas isso é depois. E por falar em planos, ano novo e tuuuudo o mais, preciso terminar minha lista de 101 coisas em 1001 dias e fazer a lista do desafio literário, depois edito e coloco link pra quem interessar.

 

E agora, depois da seção desabafo, volto pro projeto. Mentalizem comigo… Por favor uma sala de jantar decente!  -- A família agradece.

 

Melhor vídeo de todos os tempos!

5 de dezembro de 2010

Projeto final é isso aí

0 comentários

Ai ai ai… o domingo passa e meu projeto não evolui no nível que eu gostaria… já pensei em nove maneiras de mudar essa sala…rs

Emocionalmente estável de novo, fortalecida pelo meu porvir, acreditando no meu trabalho, investindo no futuro e feliz por estar viva e conseguir perceber que a vida é maior que o lodaçal imaginário das minhas celeumas particulares.

 

Agora vou ali, espremer meu cérebro mais um tanto… só queria mesmo atualizar aos amados amigos que ando bem, embora muda e entocada ((por motivo justíssimo, deixo claro e registrado)). Esse ano precisa acabar logo, as coisas precisam acontecer, ansiedades mil… mas quando elas acontecem, eu respiro fundo e me concentro em ter o máximo de trabalhos feitos ((e bem feitos)) pra quando chegar o meu momento. A vida TEM QUE fluir. Porque eu PRECISO FRUIR.

 

E, como eu tenho um humor nojento, deixo aqui um vídeo inspirador para os momentos em que tudo está ruim. Porque eu acho que mesmo quando tá ruim, a gente não deve reclamar. Quando muito, achar ruim, ver o que tá errado ou faltando ou sobrando e mudar. Agir em prol da nossa felicidade ao invés de esperar que as coisas se resolvam sozinhas, que Deus apareça e “PLIM!!” resolva tudo num passe de mágica… lembre-se, é Deus e não o grande Houdini.. hahahaha

 

2 de dezembro de 2010

Das esperanças infantis e disposições da alma humana…

0 comentários

Retiro tudo o que eu disse antes! hahaha… talvez eu seja bipolar meu pai!  -- Okay, brincadeira… Mas eu não estou disposta a me acovardar. Me recuso a tremer de medo e chorar de tristeza de seja lá o que for. Se tá ali pra mim, pois eu vou pra cima. E que eu morra tentando, mas sempre na luta.

 

É fato, vou dar um tempo da música e das palavras. Mas volto pra equipe à minha maneira, porque, pensando bem… como o ano que vem eu vou voltar pro mercado, estudar dois dias a noite e os projetos estarão mais puxados é bem possível que eu tenha de sair por falta de tempo mesmo. Então, vou aproveitar os meus últimos momentos em grande estilo! ((Yéah… eu tenho o groove!)) Então a vida vai seguir mais reta eu acho, ou melhor, eu pretendo. E pronto.

 

Mas sabe, eu queria contar da esperança quase infantil que eu tenho quando eu abro meu email ali e vejo baixando 13 mensagens, eu sempre acho que vai ser algo mega supimpa que vai mudar o meu dia…rs – Ou então, quando a mensagem toca no celular e eu penso que é alguém e é sempre a operadora com novas propostas…sabe, eu acho que tuuuuuudo isso de chilique ((quantidade recorde no mês)) é por conta disso… de repente me dei conta de que ando sozinha demais. No meio de todo mundo e ainda assim sozinha.

 

É difícil ser sozinho assim porque vc é por vc mesmo. Só quem sobra é o urso de pelucia, mas ele não grita “Que legal!” ou “Que filho da puta” quando vc recebe um aumento ou briga com o chefe… de qualquer maneira, eu não tenho salário mesmo e chefe então… nem lembro como que é ter.

 

Lendo tudo isso eu só posso concluir uma coisa… estou tempo demais em casa, sozinha ((tipo o Tom Hanks, daqui a pouco eu pinto uma cara numa porra de bola de volei)). Pensando e querendo as coisas e não vendo a hora do ano que vem chegar, da vida nova acontecer, não vejo a hora de ter minha vida de volta e PARAR COM TODA ESSA VIADAGEM!!!… hahaha

 

God knows, God knows I want to break free

Eu juro que eu vou me libertar de todas as amarras que eu mesma me coloquei. Eu juro!

O surto!

0 comentários

Que susto!! ((perdoem aí o ‘trocadalho do carilho’)).

 

E tudo ia bem, eu vivendo minha vida brisando quando dava, aproveitando da vida e dos amigos e tentando encontrar os melhores resultados possíveis. Quando de repente e não mais que de repente, eu surtei.

 

Entrei numa vibe de aflição e angústia que eu traduziria quase como uma síndrome do pânico virtual… vontade de sumir da internet, de puxar os cabos e explodir o pc na parede. Medo de coisas que são íntimas e agregadas quase à minha vida, minha rotina. Me sentindo presa, escrava, doente, magoada com alguma coisa que eu não tenho nem como apontar. Estou mais surpresa que os que me sentiram esses dias.

 

Eu penso que deva ser pelo projeto final do primeiro ano do curso, mas não tenho como provar. Não tenho como resolver uma coisa que eu não consigo racionalizar… é isso, se eu não racionalizar, eu continuo o bicho, que tem “reações adrenalínicas”, que se sente perseguido, acuado, ameaçado, impelido a tomar qualquer decisão sobre qualquer coisa pra se sentir de novo no controle.

 

Decidi dar uma pausa. Pedir licenças trabalhisticas, cuidar basicamente do meu projeto, focar em pequenas coisas, fugir do macro que neste momento me oprime… Sinto falta de alguém pra dividir as emoções e pensamentos contraditórios que me passam na cabeça ao mesmo tempo que sinto necessidade de um silêncio avassalador (como diria o Chico:: “Eu quero fazer silêncio, um silêncio tão doente de o vizinho reclamar//de chamar polícia e médico e o síndico do meu prédio pedindo pra eu cantar)).

 

Decidi que agora que eu terminei o Memnoch da Anne Rice, eu vou dar um tempo de leituras. E estou tentando não ouvir música também. Diminuir a quantidade de entradas pra conseguir ficar focada no projeto. Evitar alterações desnecessárias. Espero também com isso, imprimir maior velocidade ao presente. Quero entregar logo, a ansiedade de liberar a energia contida na expectativa do momento me maltrata.

 

Sabe, estou aqui desenvolvendo uma teoria a meu respeito…rs Eu devo talvez ser portadora de algum tipo de autismo…rs Sério. Eu tenho minhas sensibilidades e não consigo reagir ao que sinto. Isso é tão contraditório que chega a ser burro. Continuo Heartless, continuo vazia… e qualquer mínima coisa que aconteça nessa casca oca, amplifica, engrandece a níveis que não sei lidar… vontade de caminhar por aí. De me livrar desse lixo tóxico que me envenena por dentro. E viver no Submarino amarelo onde todos nós temos tudo o que precisamos….

 

Simple like that…