Mulher de fases

Ando numa fase Heartless… fase que se iniciou tem uns 2 meses por aí, já a tive em outros momentos mas não tão evidente ou tão abrangente… de repente todo o fogo que consumia meus dias e noites desapareceu! É cinza o “lugar do coração”… não é melancólico como já foi um dia, só é cinza e tudo bem.

 

Assumi esse sentimento ((ou talvez seja mesmo um sentido)), abri-me inteira pra ele e é reconfortante, é misterioso e encantador. Um processo especial que vivo comigo, sozinha, independente… há quanto tempo não sei o que é a independência mergulhada na tarefa de cuidar da família, de cuidar do emprego, do namorado, da filha, sempre o outro, sempre pro outro?…

 

Embora hoje eu desempenhe ainda algumas dessas atividades, há algo que acontece em mim, que é de mim e para mim… é mágico e muita gente pode nem entender o que eu falo, mas com esse sentimento, eu estou construindo algo que vai dar lá na frente, uns anos na frente.

 

Isso me impede de viver grandes histórias românticas, me impede de viver a chama que incendiava o meu dia todos os dias, mas mantém acesso um fogo perpétuo, como se eu finalmente estivesse me apropriando de mim, como me aproprio do conhecimento, isso é divino.

 

É algo perfeito, que eu coloco aqui pra que poucos que tem acesso entendam um certo desapego que me faz parecer morna ou frouxa, mas se assim parece é apenas porque minha concentração está vigente em outro plano e assim é, e por essa sensação hei de lutar todos os dias, alguém já viu a luz no fim do tunel da loucura?

 

 

Conseguem então entender como está sendo especial pra mim? Um viva pra isso.

 

 

VIVA!

Aberta a tudo não, permeável….

Todas as pessoas que passam pelos meus dias trazem uma coisa nova pra mim…. um autor, compositor, uma idéia, um conceito…. um pré-conceito….

 

Esse garotinho trouxe coisas, traz sempre na verdade. Um ser que faço questão de manter por perto, mas manter distante assim mesmo, confuso, intenso, verdadeiro mesmo sem ser.

 

Digo isso sobre a questão da verdade porque nele a manifestação do ego é evidente e palpável. E, embora não seja boa em identificar muito bem as minhas próprias manifestações “egoístas”, foi ele quem trouxe essa observação aos meus dias.

 

Ele me trouxe conceitos, liberdade, compositores, trouxe o silêncio, incentivou o distanciamento, a reflexão… e o melhor disso tudo é que ele não tem a mais pálida idéia do que fez e faz sempre que conversa comigo.

 

É mais um dos poucos que entra pra categoria “VIP” – aqui no sentido literal da expressão, Very Important People – mas que por questão de falta de confiança é mantido anônimo ou “irreconhecido” na função.

 

Gostaria de ter com ele uma relação mais íntegra, mas sinto seus cálculos, percebo seus números e quando isso acontece mais alguma coisa se apaga dentro de mim e a distância do humano presente nos outros se faz necessária, bem vinda e agradável.

 

Hoje me sinto mais desprendida do outro, enxergo apenas o outro e não tenho mais a fixação de me ver através de olhos alheios, acredito que seja isso um progresso, a psico uma hora me confirma essa…

 

Mas hoje eu queria apenas dizer isso… que a presença dele é algo que me é agradável e bastante produtiva, mesmo nessa maneira nossa estranha e divertida de viver.

 

Pelo menos isso eu posso dizer da minha atual fase “Heartless”, apesar de me sentir emocionalmente distante de tudo o que me acontece, meus reflexos cognitivos estão altos e estou experienciando coisas fantásticas.

 

E pra finalizar, cito Belchior numa música perfeita à minha vida:

 

A minha alucinação é suportar o dia a dia e o meu delírio é a experiência com coisas reais…

E que vc descubra que rir é bom, mas que rir de tudo é desespero….

Hoje foi um dia interessante… acordei cheia de planos e vontades, as cinco da manhã… ia correr, mas daí que estava um dia nojento lá fora e eu amanheci roída de cólicas. Resultado: não fui. Operei pela manhã e cumpri minha tarefa.

 

Cuidei da Aninha e da vó e até ao mercado eu fui!!Eu gastei todo o dinheiro nas comprinhas e é por isso que ainda não sei como vou ao curso amanhã ((sim, eu gosto de viver a vida perigosamente)). A tarde veio e se foi sem que eu me desse conta dela. Olho pra casa e vejo a mesma balburdia de sempre. Tristeza um pouquinho.

 

Fiquei sabendo que a vinda da Laris pra SP virou já um semi-mega-evento e a minha vontade de participar escoou pelo ralo, sim eu sofro de bicho-do-matismo congênito. Modos que isso acabou me dando um leve mau humor.

 

Então a janta que era pra ser simples, não tá sendo. Estou, sei lá, borocochada já. Quando lembro que amanhã tem curso e eu nem fiz tudo o que eu queria fazer, os trabalhos aqui em andamento mas nunca concluídos, os projetos meio que acumulando já, estou defasando e preciso correr… correr, taí uma palavra que nunca sai de moda aqui na minha vidinha.

 

Eu sempre tenho a sensação de que as pessoas aqui me olham como <ironia> ah coitadinha, não dá conta pq não sai do computador </ironia> tipo como se tudo o que eu fizesse fosse insuficiente e nunca bom… isso entristece e cansa.

 

E enquanto eu cozinho vejo a novela das seis…. meu lado M.D. House aflora que até pulsa… acorda filhinha… tá vendo ali aquelas histórias? É faz de conta! NUNCA vai acontecer nada disso contigo. E isso dá gancho pra um post que estou desenvolvendo ainda.. sobre as verdades que a gente compra sobre tudo nessa vida, até sobre a gente mesmo. Eu mesma comprei umas aqui que tá f$#*&oda!

 

Tava um diabão, agora tá chato e sem graça. E pela falta de dinheiro tenho de dar a notícia constrangedora à @Mahmind que não tenho condições de ir devolver a CAM dela, mas juro que vou dar uns pulos aqui. Se não vou hoje, vou quinta com toda a certeza do mundo.

 

P.S: Passei o dia escutando funk, será que foi isso que não me fez bem?

 

P.S.2: Metin2 me fez ver pessoas bizarras! Mães, cuidado. Deixem as crianças jogarem, mas cobrem ao menos um português menos semi-analfabeto….

 

P.S.3: Mau humor parece estar aumentando, acho que devo me preocupar agora.

 

E foi exatamente assim que aconteceu. E fim. #pinkdinkdoo