20 de novembro de 2011

… … …

"É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o... chopp é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário, quando se vê de vez em quando. Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado. Nessas horas é que se vê o verdadeiro amor, aquele que é companheiro, que quer o bem acima de qualquer coisa. E é esse o amor que dura pra sempre. Na verdade esse é o único que pode ser chamado AMOR! "

…quando eu escrevo é porque já passou um pouco… na hora, não dá pra falar, vamos ver se eu consigo dizer o que tá rolando…

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Sempre a gente pensa mesmo numa situação amorosa, mas isso aí em cima, se refere ao companheirismo que nem sempre tá ligado ao amor de casal. Temos ((ou era pra ter né)) amigos e parentes envolvidos no conceito, e veja bem, não interprete esse post como uma indireta pra você, porque eu não quero conversar a respeito disso contigo. Os motivos estão bem aqui, dentro do texto.

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Sabe quando uma relação esfria e fica a sensação de que foi unilateral?! E sabe quando o que aconteceu foi tão importante pra você que não dá pra ir lá chamar a pessoa pro pau porque se ela confirmar sua impressão, você será obrigado a tomar uma atitude?!… é mais ou menos isso.

Tudo o que você me deixou, mesmo sem querer, sem nem ao menos perceber, foi especial! Me fez reviver depois de tanto tempo jazendo semi-morta no meio fio da vida que correu sem se dar conta de mim. Da frieza do meu coração.

Eu não planejei a sua importância na minha vida e, se quer saber, acho que nunca de fato estive de acordo com isso, mas por um motivo ou outro qualquer, era sempre você. Era a sua mão que estava na minha, era a sua força que me arrancava sorrisos e de repente lá estava eu disposta outra vez.

E no correr dos dias, no passar do tempo, a gente foi vivendo assim. Eu me acostumei com a sua presença, com a sua opinião, com o nosso jogo. Eu nunca escondi o quanto eu gostei da sua “aparição” e posterior permanência na minha vida. Eu sempre te disse o exato lugar que você ocupava na minha “coleção de afetos”… sempre tão pequena, tão restrita, tão frágil.

Mas então as coisas ficam estranhas e nosso vínculo se afrouxa… eu vejo você indo embora de mim, independente e frio, do tipo que levanta e sai sem olhar pra trás. Mas eu não sou passiva, eu te quero aqui, eu vou atrás de você e te digo incisiva o quanto é importante que fique. Mas o que eu posso fazer se você não ficou?!

Levantou e saiu mesmo, foi lá cuidar da sua vida, não que tenha oficializado qualquer nova posição além daquela que tínhamos ontem, você só foi ficando a cada dia mais indisponível, mais evasivo, mais contraditório e confuso.

E agora?… eu sinto demais a sua falta pra deixar pra lá. Você é importante demais pra eu simplesmente esquecer. Mas ficar como está também não dá mais. Tinha que ser diferente, mas e o medo? Ah, quantas coisas passam pela minha cabeça…

Mas quando eu escrevo talvez eu dê a impressão de que eu sofro interminavelmente ou que nunca mais na vida eu vou sorrir… mas não é assim. Eu vivo bem, com aqueles afetos que me sobraram, aproveitando das pequenas coisas, valorizando o que aparece de bom… só seria mais doce com você do meu lado.

E depois de tudo o que a gente cultivou nesse tempo todo, achava que a gente poderia fazer um bom time. E acredito tanto que eu vou ficar aqui, exatamente no mesmo lugar, fazendo as mesmas perguntas pra tentar descobrir fatos novos, na esperança de que alguma coisa aconteça. Como diria Vanessa DaMata “estou entregue a ponto de estar sempre só, esperando um sim ou nunca mais”….

 

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1 comentários:

Milady disse...

Quanto tempo não passeava por este jardim de palavras, querida Mee, e hoje, com as que encontrei, identifiquei-me plenamente. Não pelo sofrimento (que não percebi nelas) mas pela continuidade que a vida tem, apesar do nossos pesares relacionais. Cada dor tem a sua medida e sua beleza, e a superação daquela é que nos dirá se valeu ou não a pena de , como diria a Raposa de Saint-Exupery, "se deixar cativar" pelo outro.
Eu espero, sinceramente, que nossos laços desenvolvam-se e tornem-se mais bonitos, talvez, não do jeito que eram antes (madrugadas, moderações, jogo, affair, etc), mas de um jeito "crescido", bonito, digno das pessoas envolvidas ( eu e você, você e eu, amigos pra valer, você e eu).
Perdoe-me os lugares comuns e clichês.
Abraços queridos e saudosos, sem data.
=***

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