1 de fevereiro de 2011

Você também se pergunta??….

…sim, eu me pergunto constantemente… pra que eu faço isso ou por que eu faço aquilo outro… nunca gosto das respostas, posso mentir pra quem for, mas sei bem o que eu vou encontrar em mim, os tipos de problemas, de neuras, de falhas… algum bom coração há de perguntar “e cadê as partes boas? E seu jeito doce, sua alegria, seu humor tão ímpar??..” dessa parte não sei falar, desculpa. Fui treinada ((sei lá por quem e por qual motivo)) a ver só o que eu tenho de ruim. Entendi de uma pessoa um tempos atrás que eu estava começando a fazer isso também com a minha vida, e pior!! Despejando essa visão melindrosa e chata nos ouvidos alheios. Certo, depois disso, tenho ficado um tanto mais muda. Afinal, se não tem algo bom pra dizer é melhor ficar calado.

Estou me afastando da vida virtual por um tempo… claro que o blog continua, que minha cidade do city ville não vai ser abandonada, mas não mais passarei horas e horas e horas aqui na frente do pc, conversando por aí, morrendo por alguém, vivendo de alguém. Deixa essa fase pra lá… sinto falta de vida, falta de carne humana, falta da realidade. E aqui do outro lado, a realidade manda dizer que sentiu minha falta também, que é bom que eu esteja de volta… Ah, e manda dizer que, apesar de tanto tempo longe e de todo o meu descaso, ela foi bondosa e guardou esses probleminhas aqui e aqui que eu, teoricamente, esqueci quando me afastei, já posso pegar todos de volta.

Não ando boa nem pra juntar acontecimentos de maneira agradável no texto, então, deixa eu falar sobre domingo. Foi aniversário da avó… eu tinha marcado um encontro com o namoradinho ((aquele, primeiro da minha vidinha)), mas na madrugada de sábado a nossa conversa foi muito intensa, eu não sei se estou preparada pra encontrar com ele, não sei se é o certo a fazer, tenho medo… correto seria dizer “tenho medos”… medo de me apaixonar por ele e ele ter enfim a revanche, medo de achar que estou apaixonada por ele simplesmente por parecer o certo a se fazer, tenho medo de não sentir nada, tenho medo de viver um relacionamento baseado na minha culpa de quase 15 anos atrás, tenho medo de ser desprezada, tenho medo de não sentir nada e se você quiser saber, eu tenho medo até de ser feliz! E sim, sei como isso soa estranho, mas eu nunca acreditei de verdade e com o coração que eu de fato merecia ser feliz. Nunca.

Se eu parar pra analisar ((gostaria de fazer menos isso)), consigo ver que meu comportamento é auto destrutivo, com a bebida, com o cigarro, com o sexo, com os amores, com os empregos, com a minha família, com tudo. Sempre se pode perceber um desejo secreto de destruição, de sofrimento, de danação. Sou capaz de identificar isso em mim, mas não sei justificar e não consigo parar. Preciso realmente de ajuda… se livros, amigos, terapeutas profissionais ou psicotrópicos, eu não posso apontar, mas sei muito que não quero mais ser assim, sei que quero muito mesmo ser feliz e ter uma vida bacana, ao lado de alguém legal quem sabe… um trabalho, minha filha linda, nossa vida certinha, arrumada. Mas não consigo. Tudo patina, tudo dá errado… e minha cabeça sempre me grita aqui dentro: “FOI VOCÊ OUTRA VEZ!!!”

Bom, mas tudo isso de sentimento e angústia aí em cima, não foi gerado só pela conversa com o namoradinho ou o afastamento daquele (!!). Domingo foi um mau dia… dia em que o alcool foi conselheiro de muitas pessoas… era pra ter sido uma festinha em família bacana, mas o alcool ajudou a verdade e as frustrações de algumas pessoas se manifestarem aqui em casa e o resultado foi bem pouca gente cantando os parabéns, um gosto azedo de discórdia misturado à culpa de tudo ter acontecido justo num aniversário da vó… A coisa toda já estava ruim nesse ponto e o domingo deveria ter acabado aí, mas não… o telefone tocou e eu saí, fui encontrar uns amigos. Não prestou, a noite não vou uma bebedeira desvairada não, mas foi vazia de conteúdo, foi baixa, os assuntos dispensáveis… aquilo passou longe de diversão sadia, de reunião de amigos pra matar saudades e atualizar as novidades. Voltei triste pra casa.

Eu ainda poderia estender esse post indefinidamente para falar do resultado da biópsia da vó e tals, mas sabe quando não dá mais??… É, neste momento não está dando mesmo, precisando ficar só mais uma vez, quietinha no meu canto pra ver se me recupero. Cuidem-se bem, todos vocês.

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